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Mostrando postagens de julho, 2009

Cadeiras distintas..

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S ombras de cadeiras na água do que carregam da vida..em vida.. Reflexos exatos de contrastes que nos cabem Os declínios da idade..o iniciar de uma vida.. Um ser empurrando outro..um ser sendo o outro.. Sombras na água do que sustentam na vida.. Somente fases..ali..o passado e o presente se encontram.. Uma vez crianças empurradas á conhecer novos ares Outra vez idosos empurrados á relembrar que ainda há ares.. A cascata da seleta colheita chamada destino.. O desvendar das cadeiras distintas.. .

Olhar pra trás...

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E la olhou pra trás..virou estátua de sal.. o que fazer ? ela rasgou seus princípios colocou á prova seus obstáculos.. Há um fim na estrada dela..á espera..ela tenta não ir.. Ela olha pra trás pra se lembrar que não pode retroceder Mas os seus passos por muitos já foram.. não em pernas..mas em coração..não será o mesmo ? Ela é corda fraca..como puxar algo valioso assim ? É um brinquedo quebrado..um tempo de uso e puff.. Foi-se a sua utilidade.. agora coexiste nela uma fragilidade.. Sua carne é tocada nos alicerces e sua estrutura abalou Olhará pra trás e talvez pouco lhe sobre.. Talvez seja esquecida e somente fique registros nos papiros.. Tinha tudo pra tocar eternidades altas.. mas talvez a sua queda seja previsível.. Corre pra frente, como se tentasse atingir um alvo Mas correr pra frente, com olhares pra trás do que lhe sugere lhe dá pedras no caminho e quando as atingir, não as terás olhado E cairá como galhos secos no chão que a quer sugar.. Pobre serva caída..Quem lhe salvará ?

Definição propícia..

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F azer amor.. é engolir no corpo.. A alma.. . Maurizio Bersani

Com vírgulas e enigmas...

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S e eu sonhar contigo permita-me conhecer suas curvas existenciais se eu sonhar com o teu amor... permita-me ter férias, para comigo ficar se eu sonhar que em nós.. há dois.. torna-te morada no meu peito mas de um jeito sutil... não permaneça à ponto de que eu me queira só individualize e assim me ache . D ê-me espaço e assim me ganha Dá-me aroma entre lacunas Preciso de vácuo pra ser sugada Não me faça um amor sem saídas Não suporto ruas fechadas Dê-me liberdade condicionada... mas não me deixe voar entre quatro paredes morreria, como uma borboleta querendo achar ar . P ermita-me conhecer os dois enigmas de um casal não me golpeie com tua ansiedade em me possuir eu sou humana, essa questão é impossível solte-me entre a poesia e a força Preciso do romance e da pegada Preciso da água e do fogo.. Mas só admiro do alto..como águia olhando um horizonte maior não consigo ficar limitada, se me prendes os pés com grilhões . T enho tantos defeitos que queria te mostrar.. Tenho ta

Respira..Transpira..

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E ssa transpiração que hoje conheço no meu corpo Eu aprendi à conhecer.. Toda inspiração para querer mais brotou do que era desconhecido Não era fixo, me foi apenas passageiro Em partes.. em outras nem tanto.. Essa transpiração que me saciou em ti Eu precisei adquirir, precisei aprender Ouvir seus jogos, me ver lançada em testes Sentir-me roxeada junto à tua fome . P recisei passar uma overdose de pele Transpiração que fiquei dependente um tempo.. Minha fissura era altamente impetuosa Ao conhecer o meu próprio som Eu quiz ouvir mais a melodia que de mim saía E ao tocar-me como uma guitarra Eu me alucinava num campo magnético só nosso.. Ou só meu..Ou ás vezes só teu.. Todo o tempo de abstinência doeu também Me fez ter um auto conhecimento Tive que pousar Minha tendência á doses altas Me fez passar férias com a lucidez.. .

Quebra cabeça ardente..

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N um deserto, rachado como um quebra cabeça Sua sola de pé pisa em linha dura com o árido Corre menina..Os pedaços das peças se encaixam Como numa visão.. proferida..para ti.. Corria e os abismos á esquerda e á direita desabavam Mas você seguia a ordem...corra..corra.. O solo é quase fogo.. suas sandálias não lhe foram dadas para que com o contato amortecesse a brasa.. Não..ao contrário..a brasa foi aquecida sete vezes Numa fornalha onde o impossível é quase previsto.. quase..quase não é sim..quase não é não.. quase é peça de xadrez e peça de quebra cabeça final quase é brinquedo nas mãos de Deus quase é imprevisto..quase não lhe cabe saber.. Então corra..somente corra.. Seu vestido branco voa com o vapor que sai.. Mas notaste anjo..não chamusca e não toca fogo Somente molda..Somente molda..dói..suas lágrimas são rios.. Está tudo embassado o horizonte A miragem de querer o oásis, nas viagens loucas não lhe dá o chão E também não lhe dá mais o direito de voar o céu sintético.. Então cor

Três Pilares...

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D esce chuva do novo que em mim chega.. E desce chuva do ontem também Desce do amanhã.. Desce..Toca na minha pele Molha meus tecidos..Infiltre na minha epiderme Deixa-me tocada com a sensação.. Lava-me com sua intensidade Inquieta-me com as gotas pesadas nos olhos Faça-me piscar ao sentir o encontro Faça me beber de sua água.. Transpareça minha roupa, vista-me de líquido Tira minha rigidez, meu estático, meu estado sólido Inunda-me numa dimensão de mim Mistura e faz um livro..dos três pilares o hoje, o ontem e o futuro.. Que o ontem me faça lembrar das terras secas que pisei E das chuvas que tomei, dos sorrisos que dei, das lágrimas que derramei.. Que o hoje me faça lúcida e me faça impulsiva Me faça firme e me faça flexível Que o futuro me espere, viva, viva e em novidades de vida.. futuro que me toque como névoa do que não saberei Não tenho curiosidade com ele, apenas espero que um dia chegue.. Tenho curiosidade de mastigar e degustar o que já senti.. O que já desisti, o que já enfr

Olhando pra dentro..Ali ó !

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E la olha com curiosidade o mundo dela de dentro da casa Quantas coisas aconteceram naquela caixa fechada, chamada casa.. Quantas dores ela sentiu nas madrugadas frias e gritos abafados.. Ela tenta olhar pela janela e entender o que com ela aconteceu.. A medida dos anos que passaram.. Se desfizeram alicerces mentais.. De ponta de pé.. ela tenta achar respostas para as interrogações.. Tão vagas que não são saciadas quanto tentam responder com teses.. Senta na cadeira menina, conta sua história para os doutores dos traumas.. A voz não sai tão fácil queridos analistas de dores.. O baú foi aberto muito recente e só uma amizade tocou.. Mas as feridas estão lá dentro ó !! lá !! dentro daquela janela.. . T a vendo ali ó !! Bem naquele quarto tudo surgiu e começou.. Entorpeci com os anos o que não conseguia delatar, falar, expressar.. Meus olhos esqueceram de ler..Os do meu redor..os do meu sangue.. Tinham vezes que desejava que fossem lidos, com facilidade Estava tudo aqui ó !! Veja como o ol

Cadeiras mágicas...

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Ah que delícia ! Essas cadeiras que rodam com nossos sonhos De mãos dadas com amigos de infância, parques de diversões Que ficaram tatuados nas lembranças.. Roda cadeira mágica, traz o efeito do ontem, do sempre Roda cadeira mágica, me deslumbre novamente.. Roda cadeira mágica, preciso ser criança de parque outra vez..

Aquário de gente..

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Q ue universo louco é esse aquário em terra. Está flutuando ou sua mente não pousa mais ? Há escadas por todos os lados, porque não sobe ? Possibilidades de mudanças que não sabe dizer sim.. não consegue..mesmo que seja difícil para os outros entenderem.. há uma prisão no aquário.. Menina que olhos negros, porque esconde a verdadeira cor ? Peixes que nadam procurando água.. Estão sedentos de uma atmosfera própria Foram abduzidos assim como a menina que não tem a terra nos pés Está em euforia que o tempo limitou Sua bola era enorme e sua energia era quase á beira de sol O tempo passou e hoje tenta tocar uma faísca e os dedos se esticam...e nada...nada... . Que universo louco é esse aquário de terra. Descabidos contextos e mundos paralelos Sementes jogadas como se fossem alimentos de gente Mas são veneno na veia de quem injeta.. Seus olhos estão negros menina..Toca o arco-íris que te atravessa Os peixes nadam ou você está flutuando ? O que sua mente anda fazendo com você ? E o que você a

Tenta...câmera ! Ação !

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Aliás, a tentação é a arma mais eficiente do demônio. Ele atua nas entrelinhas. A possessão é apenas ... um detalhe.

Dor definida..indefinida dor..

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S ente o sangue sair sem pulsar sente cacos de vidro descerem pela garganta, sem abrí-la sente o âmago do grito sem dar dimensão sente o fim, sem ver o alívio dele, o descanso do corpo.. a dor desmedida de quem ultrapassa os limites dela.. que imensidão de lágrimas formam um lago que o sol que arde intenso, faz até secar.. as chagas são de moer o inatingível parecer.. morfinas viram água o que fazer com algo assim ?

Era pra ser orgasmo ...

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Essas redes que te seduziram.. Te venderam solução que ao toque era a pura verdade Ao jogar pra dentro das tuas dimensões Te viu esquecer as dores cruéis que a vida te deu Então..jogada num laço com nó, voou pra dentro de euforias Orgasmo sintético, mil vezes orgasmos.. Orgasmo que não dura segundos ou minutos.. Orgamos mentais, correm no corpo todo como choque e anestesia Duramente estático o corpo que pede mais..quer sempre mais.. Insaciável corpo louco.. Ao fim de um orgasmo sexual, o corpo relaxa, amolece.. Delícia a sensação.. Ao fim de um orgasmo químico, alucina, inquieta.. deprime o que estava bom..estranho né ? Estava tudo tão bom e louco, nessa bola de satisfação quase eterna..longa.. adormeceu e caiu num corpo que apodreceu com o tempo.. Onde foram parar os meus orgasmos ? Eles ficaram frígidos com meu vício.. Eu quero eles de volta !! vou aumentar as doses.. uma, duas, dez, vinte.. Puff !!! puff !! puff !! puff !! O corpo não tem mais a dopamina tão desenhada no céu.. As po

Eis que é um blog lúcido e louco..

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Ás vezes preciso de um tempo comigo desses que sentamos e vagamos com a mente.. preciso achar minha intensidade nas minhas esquinas escrevendo me soa a arte de mirar-me sem espelhos e por falar que sou um ser mutável.. e que necessidade sinto de fugir de esferas fixas ÁS vezes preciso de um tempo com os outros olhar e admirar suas particularidades ao olhar, admiro, faço observância E no que noto, me esboço, me rascunho nos pensamentos.. gosto da diferença dos demais.. dos quais..sou.. Ás vezes preciso de um tempo com ele E tentar achar-me nele E ainda tentar me buscar no elo que há Tem coisas que me unem, que nem é meu.. Mas acaba sendo nosso, por estar próximo E me difuso nessa linha de trilho de trem.. gosto do sentir da dopamina em ebulição gosto do fogo que queima e que tenho temor de tocar.. curto essa situação do ser cautelosa e de muitas vezes ser bem louca.. um monte de mim em uma só.. uma vez tentaram me definir apenas me lendo aqui.. nossa.. pirou né..nem eu me defino, "

Voyeur de sonhos..

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E stou tentando ficar quietinha.. na minha..sorrateira.. você não deixa... Estou tentando me esconder, me entreter, me pausar.. Jogar um pouco de água no fogo que insiste "bichinho" interior que diz acende.. Faz tempo..To tentando ficar quietinha Você não deixa.. To dançando entre o gritar e o silenciar To assim de bobeira no esconderijo sequestrado Mas nos sonhos.. Inquietantes sonhos reais.. Transpiro ao lembrar de ti.. E como me esconder das cenas ? Sinto o gosto .. Sinto a temperatura.. Os meus lábios ficam mordidos.. E como disfarçar que acordei e que queria mais ? To tentando .. Você não deixa.. .

Brincando de mim..

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D erramo meus rascunhos aos pés do vento E peço ajuda na formação da minha escrita Faço uma oração aos firmamentos Para que encontre os reais versos desse trajeto em tempo.. . D erramo meus rascunhos aos pés da sombra Para brincar com a miragem que faço de mim Em tempo..No descobrir dos meus passos Assim na areia que faço .. . D erramo os meus anseios e desejos Num baú que faço em relicário Para que no meu momento oportuno Eu me faça brisa e me faça tempestade.. . E nquanto isso, eu vou brincando com meu ser De entender os rumos do meu coração Assim querendo e (des)querendo Assim sendo ..Admirar meu sol.. bipolar, bifásica e bilingue das minhas palavras .