Vestido de noiva amante

Maria Eugênia
.
Como uma noiva plantada no altar
assim fiquei naquela mesma rua,
no mesmo ponto, na mesma quarta
e diante de muitas horas...
.
A chuva caía fina
e meu coração apertava sem poder entender o descaso...
as lágrimas se misturavam
diante do medo de não vê-lo
e o bolo da noiva foi dado a uma só pessoa
eu.
.
Com certeza o bobo coração
deixou transparecer
meus tão antes secretos sentimentos...
.
Numa roupa de noiva amante vestida estava
a barra de renda
os laços de fita rosa, bem fitados no soutien
o branco da calcinha
em minha pele morena
fazia o contraste do perigo eminente...
.
Como noivo que foge e se acovarda
meu homem fez-se rato
e de tristeza e vergonha
me encolhi e temi
.
tive medo de minha própria fraqueza
de deixar uma paixão
tirar-me o brio que sei que possuo
mas não tenho forças pra
submergir tal atitude do fundo de mim

Comentários

Márcio Ahimsa disse…
Chirs, ela toda mulher, assim, fogo e furacão, paixão fugindo pelos poros, não deve ter medo de se mostrar em pele e mulher, bela e sensual.

Gostei muito desse teu poema.

Beijos.
nossa que lindo esse blog tem cheiro de mulher
rsrsrrs e lindo com nos mulheres bjssssssssss
Olavo disse…
Tem selos para vc lá no blog..
beijão
Daniel Costa disse…
Cris

Seja como for, realidade (não novidade), ou fantasia de poeta, no caso poetiza. apreciei o poema, até a sua cadência.
Saudações,
Daniel

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