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A menina do trem..

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Ela tinha pressa de embarcar sua mala já estava pronta fazia tempo.. o trem sempre tinha o mesmo horário e dia mas ainda não era sua hora de ir.. de retornar.. Sua casa tem moradas que entrelinham elas tem quartos enormes pra decorar as latas de tinta são vivas e esbarra no branco, pra suavizar Ela tinha tanta pressa, que quase não lembrou de amarrar o cadarço dos sapatos.. arrumou o cabelo e foi.. Foi, como quem vai, sem nunca ter deixado seu chão.. Foi, como quem nunca foi, mas o relógio andou o Tempo voou.. E ela tem os ponteiros apontados pro coração Um taquicardia de adrenalina De quem sabe o peso de sorrir bonito Correu atrás do que já estava indo.. Mas sabia que seu bilhete tinha prazo de validade.. E que seu remédio, estava em hora de curar.. Ela tinha pressa..a dor era dela, o alívio também.. E embarcou como menina atrás do vento Com muita vida só sua.. Menina andarilha de si Corre e vai ! Embarca.. Tum Tum.. Tum Tum..

Chinelos de areia..

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Eu tinha medo do mar e perdi o equilíbrio ao andar na areia.. o peso das sandálias me levaram a ficar descalça.. Fui caminhando em direção ao meu inimigo interior.. Fria..água..pés..eu.. Uma luz vinda do sol invadiu minhas incertezas Fixou minha íris dos olhos em seus raios que me cegavam diferente.. Houve uma vontade de correr.. como se não mais a areia grudasse como se os músculos das minhas pernas, exigisse de mim como se o impulso de um passo, resultasse em outro E numa praia existencial, como gosto de escrever.. Descobri que há dores..mas a alegria me vestia Como se o manual tivesse sido rasgado E eu o encontrei dentro de uma garrafa na água.. um relicário de papiros secretos.. Endereçado ao meu nome e sobrenome.. Eu tinha medo do mar quando ele me levou muito.. E passei à fazer as pazes com ele, quando me deu sentidos novos.. Olhei ao redor e descobri meus passos.. Olhei de novo e vi crianças fazendo castelos.. Olhei de novo e as ondas brincavam de pega pega

Chegada de longe..

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Chegada tensa.. A casa foi fechada por muito tempo.. os ares empoeiraram em tufos pelos móveis e paredes.. A pouca luz, deixou pouco a mostrar, mas deu um vislumbre que muita coisa ali tinha mudado ou não.. Chegada tímida.. meio sem saber como chegar, meio sem saber como fazer.. mas a casa não era minha ? Chegada com as pontas dos pés.. saudosos desejosos voltar. As folhas do caderno ainda estão preenchidas com a mesma grafite.. com o mesmo cuidado que deixou. Viajante que foi, não levou consigo o caderno o amigo que o fazia fazer voar as palavras tão trancadas, quando a voz não saía as letras falavam..as palavras gritavam..e a frase completava a liberdade sonhada.. Chegada de quem chega com ufa ! A casa, a vizinhança amigável, a relva, a brisa.. Então ta..pensei..vou me indo ali pegar a vassoura pra colocar a bagunça no lugar Com um tempo, depois de ver as mudanças do bairro vou perguntar pro Zé, pra Maria, pra Tati, pra Isa e tantos vizinhos como anda esse tal

Trilhos e pés descalços..

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A gente fala tanto de encontros.. Observo muitas pessoas postarem fotos parecidas com essa.. trilhos remetem distância, caminhos, estrada, viagem, pessoal.. Acho que é um dos maiores achados que temos nessa vida.. é exatamente o encontro com nós mesmos.. eu ainda to na busca diária..tem vezes que ficar sozinha com nós mesmos não é fácil.. a gente tem muito barulho ao redor ..dentro..fora..do nosso casulo humano.. quando a gente passa por fases, por idades, por saltos e sobressaltos.. quando a gente faz pessoas, filhos, amigos ..a gente vai construíndo nossa fortaleza..nossa tribo, nosso chão, nossa família e nossos ãos ..são muitos ãos .. olhar pra trás e perguntar..hei psiu pessoa, ta se olhando, ta se escutando ? os trilhos.. os pés descalços.. os sapatos pertinho dos pés.. vejo muito essas fotos..acredito que muitos sintam coisas parecidas com as quais eu sinto.. escrever em primeira pessoa é sempre um pouco de nudez e olhar o seu próprio espelho cabe tão somente ao reflexo que

Pétalas de vida..

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S ão vivas as cores de suas pétalas sob um sol que nutre a alma que vivifica todo ar.. vejo tons e sobreponho tons em minha íris contemplo um céu que faz moldura de uma beleza que perdura.. Sinto o aroma de seu frescor dos dias novos que me cercam borboletas encantadas flores miraculosas de uma vontade única de re-aprender.. viver..

Balões de luz..

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O s movimentos eram educadores a estatura bem maior a forma de segurar para que não voassem.. era minha mas ao pensar que conduzia a alma pequenina segurou o vento para que eu pudesse ver.. fez uma curva na linha dos balões mágicos e me mostrou que a mente precisa ser criança pra verdadeiramente saber voar..

* "Nos dias de hoje, cada vez mais, acentua-se a necessidade de ser forte. Mas não há uma fórmula mágica que nos faça chegar à força sem que antes tenhamos provado a fraqueza."

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T reinei meus passos com a ajuda de outros braços.. as passadas eram inconstantes, tropeçava e caía o hábito de fazer o mesmo caminho.. acabava levando à inércia  Depois de um tempo não aguentava trilhar o mesmo rumo soltei meus braços de quem me segurava e fui indo.. caía, tropeçava, voltava ao mesmo caminho lá atrás.. mas continuava tentando firmar.. os tais dos passos pés muitas vezes inseguros, voltavam aos mesmos tombos.. a sola dos pés começavam a ficar mais firmes o relógio começava então a andar segundo o seu tempo.. a música passava a dançar no ritmo correto.. mas e aí, parou de tropeçar e cair ? precisou de braços novamente ? de braços precisamos sempre quando pensamos que estamos sós. e muitas das vezes transparentes são..do ajudador de nossas almas.. simplesmente somos tocados na ponta dos dedos.. os pés eles tem curvas e linhas muito pessoais.. se eu não caísse, eu não saberia o valor da firmeza se eu não tivesse tropeçado, eu não conheceria a humildade só sei que escrevo